O conceito de Internet das Coisas (Internet of Things) – IoT, foi criado em 1999 por Kevin Ashton, britânico pioneiro do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e designa a conectividade de diversos dispositivos. “São sensores conectados à internet e comportando-se de forma semelhante à rede ao criar conexões abertas, compartilhando dados livremente e permitindo aplicações inesperadas”. Ou seja: a geladeira, a pulseira, as cortinas, o carro, o celular, o supermercado, tudo conectado. Longe de ser um conceito novo, a IoT tomou corpo a partir dos anos 2000, com a invenção de dispositivos, softwares, sensores e outros aparatos tecnológicos que permitiram que a conectividade atingisse o escopo que temos hoje. Dados da Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) de 2016, do IBGE, mostram que cerca de 102 milhões de brasileiros estavam conectados à internet, seja por computadores, seja por smartphones, o que representa um aumento de 7,1% em relação ao ano anterior. O impacto dessas mudanças tecnológicas é sentido em vários setores, e o Brasil já se prepara para avançar.
Não se trata apenas de uma mudança de hábitos e comportamentos, mas também uma mudança de modelo de negócios e da economia como um todo. Estima-se que, até 2025, a IoT poderá adicionar entre US$ 4 e 11 trilhões à economia global. Só no Brasil, esse potencial representa entre US$ 50 e 200 bilhões – e isso já descontando o risco de o País não absorver todo o potencial. Esse é um desafio para o Brasil e para o mundo também, por conta de barreiras para o desenvolvimento e florescimento das tecnologias de Internet das Coisas. O uso de IoT gera valor a partir do sensoriamento do mundo real e pode ser aplicado em diversos setores, da agricultura à indústria, do comércio à saúde, da vida cotidiana ao gerenciamento de cidades. Por exemplo, sensores podem informar quando há um vazamento de água, agilizando o seu conserto; também podem acompanhar o movimento dos carros para coordenar melhor o trânsito; dispositivos podem monitorar o crescimento de plantações, o nível de umidade do solo e medir o tamanho de grãos e vegetais; estabelecimentos comerciais podem coletar dados de consumo e oferecer promoções personalizadas aos seus clientes.
O varejo é um dos setores que mais vão sair ganhando na utilização de IoT, talvez seja o setor mais impactado junto com a indústria que retorna à produção desses hardwares. Um serviço tradicional como o supermercado poderá operar de forma completamente diferente da atual. O uso de IoT pode facilitar a identificação dos preços, levar ao consumidor mais informações sobre os produtos e ainda trazer mais facilidades na hora do pagamento. O consumidor pode fotografar um código de barras na prateleira para registrar o produto e, ao sair da loja, um sensor identifica que o cliente deixou o estabelecimento e finaliza a compra, realizando a cobrança diretamente no cartão de crédito. Sem filas, sem emissão de cupom fiscal, sem checkout, com menos gastos de energia elétrica e mão de obra. Parece algo impensável, mas já é possível.
Além disso, o comércio de bens, serviços e turismo também vai ganhar com a coleta de informações sobre os hábitos de consumo dos clientes, como produtos mais comprados, horário mais frequentado e modo de pagamento preferido. No caso do segmento de vestuário, por exemplo, cores, modelos e tamanhos estarão à disposição, facilitando a fidelização do cliente e a oferta de promoções mais direcionadas e personalizadas.
Outros usos de IoT no varejo incluem a automação do estoque, com gôndolas que informam quando determinado produto está acabando, e o incremento da segurança, que pode utilizar câmeras com reconhecimento facial e sensores de movimento para detectar atitudes suspeitas.
Essas são apenas as possibilidades de uso pelo comércio, mas a perspectiva para diversos outros setores é animadora. O Brasil já está se movimentando para facilitar a implementação, ainda que em uma escala menor do que em outros países.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) participou das discussões por meio do Conselho Executivo do Estudo Técnico da IoT, do BNDES. A presença da CNC nos debates está relacionada à importância do consumo em geral, dos dados do consumidor, do impacto econômico e da utilização de IoT por parte da cadeia de empresários. Representando o comércio, um dos propulsores do desenvolvimento econômico no País, a CNC contribui com informações e dados do setor, ao mesmo tempo em que dissemina o conhecimento, preparando os empresários do comércio para uma realidade tecnológica presente no mundo globalizado.
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